Le sardine sono pecore nere/As sardinhas são ovelhas negras

Le sardine sono pecore nere (ITA)

“L’unico vero realista è il visionario. Il visionario, infatti, dà testimonianza di avvenimenti che sono la sua realtà cioè la cosa più reale che esista”. Queste parole sono di Federico Fellini.

Io sono d’accordo con Fellini: come si può il visionario negare la verità davanti a se? E ci troviamo próprio davanti alle parole di Segre, che, pure apprezzando le iniziative sull’antisemitismo ritiene che non si debba mai disgiungere la lotta all’antisemitismo dalla più generale repulsa del razzismo del pregiudizio che cataloga le persone in base alle origini, alle caratteristiche fisiche, sessuali, culturali o religiose.

“Questa visione mi pare tanto più necessária in questa fase storica, in cui le condizioni di disagio sociale spingono tanti a indirizzare la propria rabbia verso un capro espiatório, scambiando la diversità per minaccia” –osserva la senatrice Liliana Segre il 12 gennaio nel quotidiano La Repubblica – “Ricordo con piacere la convergenza delle nostre riflessioni sui rischi di imbarbarimento della società e sulla necessità di fare qualcosa, ciascuno nel proprio ambito ed a partire della propria sensibilità, per farvi argine.”

Queste parole ci portano in Emilia Romagna: presto ci saranno le elezioni e le interazioni relative alla competizione elettorale: domínio del centro destra di “nazionalizzare” la competizione o il tentativo del centro-sinistra rilanciando contenuti di carattere locale? Però non a caso il movimento delle Sardine dal punto di vista dei social rappresentano il principale contrappeso al potere di Salvini e Meloni, nonostante una notevole presenza di Bonaccini secondo lo studio della FB&Associati.

Mi sembra facile spiegare questo fenomeno: è molto chiaro che Le Sardine si trata di un movimento di partecipazione civica per la sostenibilità della democrazia. Fuori dai giochi politici e pronti a promuovere le tre parole d’ordine: anti-fascismo, partecipazione e innovazione. Diversi, le Sardine passeggiano nelle piazze lontani del pensiero privo di senso e della cultura dell’oddio, rappresentano soltanto un sentimento, un sentimento che fà storia.

Se siamo in Emilia Romagna è doveroso ricordarci le parole di Francesco Guccini nella sua Canzone di Notte N.2, in attesa dei risultati delle elezioni:

“O forse perchè ancora c’è da bere e mi riempio Il bicchiere…Ma i moralisti han chiuso i bar e le morali han chiuso i vostri cuori e spento i vostri ardori: è bello ritornar “normalità”, è facile tornare con le tante stanche pecore bianche!


Scusate non mi lego a questa schiera: morrò pecora negra!.., O forse non è qui il problema. E ognuno vive dentro i suoi egoismi vestiti di sofismi e ognuno costruisce il suo sistema di piccoli rancori irrazionali, di cosmi personali, scordano che poi infine tutti avremo due metri di terreno…”

E noi chi siamo? Siamo sardine o pecore bianche?

 

::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::

 

As sardinhas são ovelhas negras (PORT)

 

O único verdadeiro realista é o visionário” O visionário, na verdade, dá o testemunho a eventos que são a sua realidade, ou seja, a coisa mais real que existe. Estas palavras são de Federico Fellini. Eu concordo com Fellini: como se pode ser um visionário negando a verdade diante de si? E aí nos defrontamos com as palavras de Segre, que, embora aprecie as iniciativas sobre o anti-semitismo acha não devemos separar a luta ao anti-semitismo da mais geral repulsa ao racismo, ao preconceito que cataloga as pessoas com base nas suas origens, às características físicas, sexuais, culturais ou religiosas. “Esta visão me parece ainda mais necessária nesta fase da história, quando as condições de mal-estar social empurram muitos a direcionar sua raiva para um bode expiatório, confundindo diversidade com ameaça.” – observa a senadora Liliana Segre em 12 de janeiro no jornal La Repubblica – “Lembro com prazer a convergência de nossas reflexões sobre os riscos de barbarização da sociedade e sobre a necessidade de fazer algo, cada um dentro de sua própria esfera e partindo de sua própria sensibilidade.”

Essas palavras nos levam à Emilia-Romagna: em breve teremos eleições e as interações relativas a competição eleitoral-domínio do centro direita de “nacionalizar” a competição ou a tentativa do centro esquerda relançando conteúdos de caráter regional. Porém não é por acaso que o movimento das Sardinhas, do ´ponto de vista social, representa o principal contrapeso ao poder de Salvini e Meloni, apesar da importante presença de Bonaccini segundo o estudo da FB&Associati.

Parece fácil explicar este fenômeno: é muito claro que as Sardinhas trata-se de um movimento de participação cívica para a sustentabilidade da democracia. Fora dos jogos políticos e prontos para promover as três palavras de ordem: anti-fascismo, participação e inovação. Diferentes, as sardinhas passeiam nas praças longe do pensamento sem sentido e da cultura do ódio, representam somente um sentimento, um sentimento que faz história.

Se estamos na Emilia Romagna é obrigatório lembrarmos de Francesco Guccini na sua Canzone di Notte N.2, enquanto esperamos o resultado das eleições:

Ou talvez porque ainda haja uma bebida e encho meu copo…Mas os moralistas fecharam os bares e a moral fechou seus corações e apagou os seus ardores: é bom voltar ao “normal”, é fácil voltar com as muitas ovelhas brancas cansadas! Desculpe eu não tenho vinculo com esta formação: eu morro ovelha negra!…Ou talvez não esteja aqui o problema e cada um vive dentro do seu próprio egoísmo vestido de sofisma e cada um constrói o seu sistema de pequenos rancores irracionais, de cosmos pessoal, esquecendo que depois finalmente teremos dois metros de terreno…”

E nós o que somos? Somos sardinhas ou ovelhas brancas?